• Rio de Janeiro, 10/08/2025
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Estádio do Flamengo não sai do papel e escancara oportunismo eleitoral de Eduardo Paes

coisasdapolitica.com
Estádio do Flamengo não sai do papel e escancara oportunismo eleitoral de Eduardo Paes

Prometido às vésperas das eleições de 2024, o projeto travou após o pleito. Clube não assinou contrato definitivo, e Prefeitura evita cobrar posicionamento — mas 2026 vem aí, e o terreno do Gasômetro pode voltar ao palco político.


O tão badalado projeto do estádio próprio do Flamengo, anunciado com pompa pelo prefeito Eduardo Paes em 2024, parece ter sido mais uma jogada eleitoral do que uma proposta concreta. Passado o período eleitoral, o clube da maior torcida do Brasil não deu sequência às negociações para aquisição definitiva do terreno do Gasômetro, na zona portuária do Rio, e a Prefeitura, curiosamente, não cobra posicionamento.


O Flamengo já perdeu dois prazos para assinar o contrato que oficializaria a compra do terreno, avaliado em R$ 138 milhões. O acordo previa o pagamento de R$ 23,9 milhões à Caixa Econômica Federal em cinco anos, a partir de julho de 2026. A diretoria atual, liderada por Luiz Eduardo Baptista (Bap), não demonstrou pressa e segue focada em estudos de viabilidade que se arrastam desde janeiro.


Enquanto isso, a Prefeitura mantém a área reservada ao clube, sem exigir devolução ou pressionar por avanços. O silêncio institucional levanta suspeitas: teria o projeto sido apenas uma peça de campanha para garantir votos?


Projeto polêmico desde o início


Desde sua concepção, o estádio enfrentou críticas técnicas e urbanísticas. O terreno está cercado por infraestrutura sensível — VLT, BRT, metrô e terminal rodoviário — e especialistas alertaram para o impacto viário de um estádio que dependeria majoritariamente de transporte individual. Eduardo Paes chegou a afirmar que não aceitaria um projeto que ignorasse essa realidade.


Além disso, há dutos de gás subterrâneos que precisariam ser removidos. Em um gesto político, Paes enviou ofício ao Flamengo se comprometendo a custear a retirada das tubulações, sem ônus para o clube. A proposta, no entanto, não avançou.


Política em jogo: 2026 no horizonte


Com as eleições para o governo do estado se aproximando, há quem veja no terreno do Gasômetro uma carta guardada para ser jogada novamente. Eduardo Paes, cotado para disputar o Palácio Guanabara, pode ressuscitar o projeto às vésperas do pleito, repetindo a estratégia de 2024.


O ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, responsável por viabilizar o terreno, já voltou à cena e pressiona a atual gestão a retomar o projeto. Mas enquanto Landim defende o estádio como legado, Bap parece mais inclinado a manter a concessão do Maracanã, recentemente renovada.


O estádio do Flamengo, anunciado como um marco esportivo e urbano, hoje é símbolo de mais uma promessa não cumprida. Mas como já se viu, em ano eleitoral, até projeto enterrado pode virar bandeira de campanha.


Pode isso, Arnaldo? Máquinas da prefeitura limpam terreno para novo estádio do Flamengo





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