• Rio de Janeiro, 01/09/2025
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Quanto pior, melhor! Para tentar resgatar imagem, Lula pode agravar crise ao retaliar Trump

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Quanto pior, melhor! Para tentar resgatar imagem, Lula pode agravar crise ao retaliar Trump

Em vez de buscar diálogo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu escalar a tensão comercial com os Estados Unidos. Nesta sexta-feira (29), o Itamaraty notificará oficialmente o governo americano sobre o início do processo de aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica, em resposta às tarifas de até 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros. A medida, longe de ser apenas simbólica, pode desencadear uma guerra comercial com a maior economia do mundo — e mergulhar o Brasil em uma nova onda de sanções e isolamento internacional.


Popularidade em queda e retorno ao ‘quanto pior, melhor’


Após surfar brevemente na onda de indignação nacional explorada pelo governo contra o tarifaço, Lula volta a enfrentar queda de popularidade. A resposta escolhida — uma retaliação formal — reacende críticas sobre sua estratégia de confronto, vista por analistas como uma aposta no “quanto pior, melhor”. A decisão de acionar a Lei da Reciprocidade foi tomada após consultas com os ministros Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Mauro Vieira, e reflete a percepção de que Washington tem ignorado os apelos diplomáticos brasileiros.


Especialistas alertam para riscos econômicos e diplomáticos


Adriano Gianturco, professor de Relações Internacionais, alertou em recente entrevista à imprensa que a retaliação pode provocar uma escalada tarifária, prejudicando o consumidor brasileiro com menos variedade, preços mais altos e qualidade inferior. “É o jogo da galinha: quem recua primeiro perde. Mas o Brasil tem menos poder de barganha”, afirma.


Daniel Cerqueira, do IBMEC, também em recente entrevista reforçou que Trump pode retaliar ainda mais. “Além das tarifas, há risco de sanções indiretas e isolamento. Trump já pressionou países a cortar relações comerciais com a Rússia. O Brasil pode ser o próximo alvo”, alerta.


Caminho incerto


Embora o governo afirme que ainda há espaço para negociação, a decisão de Lula marca uma virada agressiva na política externa brasileira. Se o processo avançar sem acordo, o Brasil poderá enfrentar não apenas tarifas mais duras, mas também uma retração de investimentos, perda de competitividade e isolamento em fóruns internacionais.


A aposta de Lula reacende o debate: é possível enfrentar Trump sem sacrificar o Brasil? Ou estamos diante de mais um capítulo da política do “quanto pior, melhor”?




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